Pesquisadores do FIU Biomolecular Sciences Institute estão estudando uma proteína que poderia ser um supressor de câncer, mas em vez disso, descobriram que a proteína pode fazer muito mais!
Em teste de laboratório, a proteína Inositol Polifosfato-4-Fosfatase Tipo II B, ou INPP4B, foi eficaz em proteger camundongos obesos contra o desenvolvimento d doença hepática gordurosa, diabetes tipo 2 e neoplasia de próstata.
“Podemos controlar nossa dieta, podemos sair e nos exercitar, mas existem certos fatores que não podemos controlar, como etnia, nossa idade e nossos genes”, disse Manqi Zhang, pesquisador de pós-doutorado em câncer da Duke University que liderou este estudo como um Doutor em Bioquímica estudante da FIU. “Portanto, acho importante estudar isso para que possamos encontrar maneiras de controlar essas doenças no futuro.”
Mais pesquisas são necessárias para determinar se um tratamento direcionado ao INPP4B pode ser útil para as pessoas. Mas só o fato de haver uma proteína capaz de proteger as pessoas dessas enfermidas, já deixam os pesquisadores animados com a possiblidade de futuros medicamentos ou tratamentos.
Obesidade no Brasil
Entre 2003 e 2019, a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade no Brasil mais que dobrou, passando de 12,2% para 26,8%. No período, a obesidade feminina passou de 14,5% para 30,2% e se manteve acima da masculina, que subiu de 9,6% para 22,8%.
Já a proporção de pessoas com excesso de peso na população com 20 anos ou mais de idade subiu de 43,3% para 61,7% nos mesmos 17 anos. Entre os homens, foi de 43,3% para 60% e, entre as mulheres, de 43,2% para 63,3%.
Os dados constam do segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, e foram divulgados hoje (21), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2019, uma em cada quatro pessoas de 18 anos ou mais de idade no Brasil estava obesa, o equivalente a 41 milhões de pessoas. Eram 29,5% das mulheres e 21,8% dos homens.
Já o excesso de peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens.
O excesso de peso também ocorria em 19,4% dos adolescentes de 15 a 17 anos de idade, o que corresponde a um total estimado em 1,8 milhão de pessoas, sendo 22,9% de moças e 16% dos rapazes. A obesidade atingia 6,7% dos adolescentes: 8% no sexo feminino e 5,4 % no sexo masculino.
Para a responsável pela pesquisa, a analista Flávia Vinhaes, as causas para o excesso de peso e a obesidade são a baixa qualidade da alimentação do brasileiro e a escassez de atividades físicas. “Faltam políticas públicas estruturadas de combate à obesidade e ao excesso de peso, como o incentivo à ingestão de alimentos saudáveis e à prática esportiva”, indica.
É considerado como excesso de peso o índice de massa corporal (IMC) maior do que 25. A pessoa obesa tem IMC maior do que 30. O IMC é calculado pelo peso em quilograma dividido pelo quadrado da altura em metro.
Segundo o IBGE, a prevalência de déficit de peso em adultos com 18 ou mais anos de idade foi de 1,6%, (1,7% para homens e 1,5% para mulheres), ficando, portanto, bem abaixo do limite de 5% fixado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como indicativo de exposição da população adulta à desnutrição.
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