Depois de três mil anos desaparecidos, Diabos da Tasmânia voltaram a nascer na Austrália. Caçados por “dingos”, uma subespécie de lobo, os Diabo da Tasmânia chegaram a serem considerados extintos na natureza.
Acredita-se que os dingos, nome científico Canis lupus dingo, foram introduzidos no continente australiano por navegadores austronésios, há cerca de 3 mil anos.
Para ver um desses marsupiais em estado selvagem, era preciso ir até a Tâsmania, estado australiano localizado em uma grande ilha ao sul de Melbourne, onde organização Aussie Ark mantem um projeto de recuperação da espécie.
Com uma aparência de urso, que lhe rendeu a descrição científica de Didelphis ursina, é um animal robusto e musculoso. Sua pelagem é escura com manchas brancas na região da garganta, das bochechas e lombar.
Além da cauda, seu tamanho é próximo ao de um cachorro de porte médio, podendo atingir até 80 cm e pesar 12 kg. O tamanho e peso varia de acordo com a dieta e o habitat.
Os dentes molares são adaptados à sua dieta de carniça. É um caçador pouco eficiente, preferindo animais de pequeno porte.
Acasalam-se uma vez ao ano, gerando ninhadas de dois a quatro filhotes, que são desmamados aos oito meses de idade. É o maior marsupial carnívoro existente.
No final do ano passado, em parceria com Global Wildlife Conservation, a Aussie Ark libertou 26 diabos-da-tasmânia na natureza para que se reproduzissem naturalmente. E agora foi confirmado que nasceram sete Diabo da Tasmânia em Barrington Tops, Sidney.
“Ficamos observando de longe até que chegou o momento em que tivemos de agir para confirmar o nascimento dos nossos primeiros filhotes selvagens. Foi um grande momento!”, disse o presidente do Aussie Ark.
De acordo com o Aussie Ark, os filhotes estão saudáveis e nas próximas semanas, os guardas florestais vão continuar monitorando seu crescimento nas bolsas das mães.
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