Após a China anunciar o banimento do Bitcoin, a criptomoeda registrou queda acentuada nas últimas 24 horas. As moedas digitais já vem sofrendo fortes pressões desde que a Tesla deixou de aceitar Bitcoin.
Cotada à US$ 29,96 mil, os investidores viram o Bitcoin chegar ao menor patamar desde fevereiro, quando atingiu a marca de US$ 50 mil (R$ 263.155 em conversão direta). Especialistas acreditam que a correção possa ser ainda mais forte, e levar o preço do Bitcoin até a faixa dos US$25 mil.
Assim como o Bitcoin, outras criptos também foram afetadas: o Ether era negociado a US$$1,804 mil, com queda acumulada de 5.879% mas últimas 24 horas.
A Dogecoin seguia em sua queda vertiginosa, acumulando quedas de mais de 17% nas últimas 24 horas, cotada a $0.178926.
Isso é efeito das ações do governo chinês, que está fechando “fazendas” que “mineram” o Bitcoin e obrigando bancos a bloquear transações com a moeda.
“As preocupações com as medidas de ajuste do governo chinês e o medo que a aceitação do Bitcoin e de outras criptomoedas chegue com atraso por seu impacto no meio ambiente estão pesando no mercado”, disse Fawad Razaqzada, analista da ThinkMarkets.
Na metade de maio, o bilionário Elon Musk interrompeu uso do Bitcoin no faturamento de carros da Tesla. O motivo seria os problemas ambientais trazidos pela “mineração” da moeda (entenda mais abaixo).
“Estamos preocupados com o uso crescente de combustíveis fósseis para mineração e transações com bitcoins, especialmente carvão, que tem as piores emissões que qualquer combustível”, disse Musk.
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O que é mineração de criptomoedas? Em termos simplistas, cada transação efetuada com moeda digital é necessária ser validada por outros computadores na rede. Essas máquinas resolvem um “quebra-cabeça matemático” e garante a integridade e veracidade da transação.
Basicamente é deixar um computador ligado para validar as transações na rede. Em troca, quem “presta esse serviço” recebe uma parte do Bitcoin como remuneração.
Assim como o ouro, o Bitcoin tem uma quantidade limitada a ser “minerado“, que é de 21 milhões de unidades. Já foram mineradas 18,6 milhões. Por isso ele é chamado de “ouro digital”.
Acontece que cada vez mais é exigido um alto processamento de dados e com isso mais computadores são necessários. Tudo isso demanda um alto consumo de energia e uso de fontes não renováveis, como o carvão por exemplo.
As medidas do governo chinês e as críticas que tem despertado pelo enorme uso de energia elétrica fizeram a criptomoeda perder popularidade. E isso deve ser apenas o começo.
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