Um relatório climático da ONU, Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), faz um alerta terrível: estamos à beira de um apocalipse graças ao agravamento das mudanças climáticas. A informação é do portal phys.org.
O relatório preliminar do IPCC tem mais de 4.000 páginas, mas pode ser resumido de forma muito clara. As ações humanas estão alterando negativamente o frágil ecossistema do planeta Terra e em breve colheremos os frutos dessas intervenções.
“O pior ainda está por vir e afetará a vida de nossos filhos e netos muito mais do que a nossa.”, diz um trecho do documento obtido pela Agence France-Presse. O documento final será divulgado em ferevereiro de 2022.
“A vida na Terra pode se recuperar de uma mudança drástica no clima, evoluindo para novas espécies e criando novos ecossistemas. Humanos não.”, diz o documento.
Extinção de espécies, surtos de doenças, calor insuportável, tempestades e furacões, seca – esses e outros impactos climáticos devastadores estão se acelerando e se tornando cada vez mais evidentes. As ações atuais para mitigar os efeitos do aquecimento global estão se mostrando ineficazes.
Segundo o texto, os países menos responsáveis pelo aquecimento global serão os que mais sofrerão as consequências, onde em muitos deles faltam recursos para resolverem os próprios problemas, como fome e doenças.
Há poucas notícias boas no relatório, mas o texto enfatiza que muito pode ser feito para evitar os piores cenários e se preparar para impactos que não podem mais ser evitados.
A conservação e restauração dos chamados ecossistemas de carbono azul – florestas de algas e manguezais, por exemplo – aumentam os estoques de carbono e protegem contra tempestades, além de fornecer habitats para a vida selvagem, meios de subsistência costeiros e segurança alimentar.
A transição para dietas baseadas em vegetais também pode reduzir as emissões relacionadas aos alimentos em até 70% até 2050.
“Precisamos de mudanças comportamentais em todos os níveis: indivíduo, comunidades, negócios, instituições e governos. Devemos redefinir nosso modo de vida e consumo”. finaliza o relatório.
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