Inteligência artificial reconhece o gado pelo focinho

Nós estamos acostumados a usar nossas impressões digitais para desbloquear nossos telefones, e em breve, essa tecnlogia pode ser realidade no manejo do gado. Cada aniaml tem sua própria impressão digital através do focinho, e como resultado, elas também serão capazes de entrar no mundo do reconhecimento biométrico.

Segundo o portal ABC News, o pesquisador Ali Shojaeipour, da Universidade da Nova Inglaterra na Austrália, está desenvolvendo uma inteligência artificial em sua pesquisa de doutorado capaz de identificar os bovinos pela biometria contida no focinho.

“O focinho de cada vaca contém um padrão que é único para cada indivíduo. O modelo foi testado em 300 bovinos e foi capaz de identificá-los com uma precisão de 99,11%. Essa tecnologia não se limita a uma raça específica de gado, ela pode ser usada para várias raças”, disse o pesquisador.

Como funciona?

Assim como quando destravamos nossos telefones, a tecnologia do Dr. Shojaeipour detecta e identifica cada animal pelo focinho. Ele também está desenvolvendo um aplicativo para smartphone para que o gado possa ser identificado por meio da câmera do aparelho. “É algo como ir ao aeroporto e tirar uma foto”, disse.

O próximo passo é fazer com que a tecnologia funcione com o gado movendo-se em pátios, com sujeira e poeira. “Ainda precisa de mais desenvolvimento em uma escala maior, mas acredito que estamos caminhando na direção certa”.

Pode se tornar realidade?

Se a tecnologia se mostrar eficaz para uso rotineiro em currais e confinamentos, o pesquisador acredita que não irá demorar para que o atual processo de identificação seja substituído. Os métodos de identificação mais comuns são: tatuagem, brinco e marcação a ferro.

“Atualmente, o gado é identificado por meio de alguns métodos tradicionais, como marcação de orelha, tatuagem e assim por diante, e todos esses métodos não são totalmente confiáveis. A nossa ferramenta é um método sem toque. Não coloca nenhum estresse nos animais e é bom tanto para os animais quanto para os humanos.”, conclui o Dr. Shojaeipour.