O cometa C/2022 E3 (ZTF), com seu característico brilho esverdeado, fará sua maior aproximação à Terra desde a era dos neandertais. No Hemisfério Sul o cometa verde será visível a partir do dia 1° de fevereiro e deve permanecer localizável no céu até o dia 10.
O cometa chegará a 42,8 milhões de quilômetros de nosso planeta, sua maior aproximação em cerca de 50.000 anos, de acordo com a EarthSky. O brilho do cometa é visível no céu noturno desde janeiro e ele passará entre as órbitas de Marte e da Terra nas próximas noites, viajando a cerca de 207.000 km/h.
Observadores no Brasil com visão clara do céu noturno e longe da poluição luminosa poderão localizar o cometa sem um telescópio. Se não houver acesso a um lugar com céu limpo, ainda é possível assistir ao fenômeno por transmissão ao vivo do Virtual Telescope Project do evento, que começa às 23h EST.
Para localizar o cometa, é recomendável usar aplicativos gratuitos, como o Stellarium e o Star Walk, que permitem ver a localização dos astros no céu e saber para onde é preciso olhar. E é preciso estar em um local bem escuro. Isso porque o cometa está com um brilho considerado fraco, no limite do que o olho humano consegue captar.
Por que o cometa verde?
Quando os cometas passam pelo sol, a energia da estrela vaporiza os gelos do cometa em gás, formando um coma – uma atmosfera tênue e de curta duração ao redor do corpo rochoso. A cor do coma depende da composição do gás. No caso do cometa C/2022 E3, parte desse gás contém carbono diatômico (um produto químico inorgânico gasoso verde), uma molécula formada por dois átomos de carbono fundidos. Quando essas moléculas são atingidas pela radiação ultravioleta, brilham em verde.
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