Uma nova ferramenta desenvolvida por pesquisadores do Frontier Development Lab, dos EUA e a NASA, chamada DAGGER, promete revolucionar nossa capacidade de lidar com tempestades solares. Utilizando dados de satélites como ACE, Wind, IMP-8 e Geotail, essa inteligência artificial pode prever quais locais uma tempestade solar atingirá com meia hora de antecedência. Esse tempo crucial poderia minimizar os impactos desses eventos na rede elétrica e em outras infraestruturas vitais.
Tempestades solares, fenômenos naturais em que o Sol libera uma grande quantidade de energia e partículas carregadas, representam uma ameaça significativa às nossas tecnologias. No passado, esses eventos causaram distúrbios consideráveis, mesmo quando a tecnologia era muito menos avançada do que é hoje.
Um exemplo disso foi o Evento Carrington em 1859, considerado a tempestade solar mais poderosa já registrada. Naquela época, os telegrafistas relataram faíscas saindo de seus equipamentos, e as auroras boreais foram vistas até mesmo em latitudes tropicais. Em nosso mundo altamente tecnológico atual, um evento similar poderia ter consequências catastróficas.
O DAGGER difere de modelos anteriores por sua capacidade de fazer previsões não apenas para locais específicos da Terra, mas para qualquer ponto do globo. Ele alcança isso combinando dados de satélites, que medem a intensidade dos ventos solares e das partículas carregadas, com informações de bases terrestres que já detectaram perturbações geomagnéticas no passado. Isso permite aos pesquisadores correlacionar as tempestades solares com os danos que causaram na Terra.
Além disso, o DAGGER é um projeto de código aberto, permitindo que outros pesquisadores e instituições contribuam para o seu desenvolvimento e melhoria. Isso poderia levar a um sistema global de alerta de tempestades geomagnéticas, funcionando de forma semelhante a um alerta de tornado.