Descoberta na Tailândia: Tarântula azul elétrico surpreende cientistas

Pesquisadores tailandeses fizeram uma descoberta impressionante na província de Phang-Nga, revelando ao mundo uma nova espécie de tarântula de cor azul elétrico. Esta descoberta fascinante foi publicada em detalhes no renomado periódico de pesquisa ZooKeys, em 18 de setembro.

A espécie recém-descoberta, denominada Chilobrachys natanicharum, ostenta uma coloração azul-violeta hipnotizante, que lembra faíscas elétricas azuis. Essa tonalidade não é derivada de pigmentos, mas sim da estrutura única dos pelos do aracnídeo, que manipula a luz para criar a aparência azul. Dada a raridade da cor azul na natureza, essa característica da nova tarântula despertou o fascínio dos cientistas.

A tarântula azul elétrico demonstrou notável adaptabilidade, sendo capaz de habitar tanto ambientes terrestres quanto arbóreos. A espécie vive em ocos de árvores, tornando sua captura um desafio significativo. Durante a expedição, os pesquisadores tiveram que escalar árvores e empregar técnicas especiais para coletar exemplares.

A pesquisa destacou que as características da tarântula, incluindo a coloração, variam conforme o sexo e a idade. Além disso, a descoberta da nova espécie suscita questões urgentes de conservação, uma vez que a tarântula habita florestas de mangue em declínio, tornando-a uma das espécies mais raras do mundo.

Para promover a descoberta e arrecadar fundos para o povo indígena Lahu do norte da Tailândia, a equipe de pesquisa leiloou os direitos de nomeação da nova espécie. Antes da descoberta oficial e da publicação do estudo, a tarântula já havia sido avistada no mercado comercial, mas sem informações detalhadas sobre suas características ou habitats naturais.

A descoberta da Chilobrachys natanicharum lança luz sobre a necessidade de preservação das florestas de mangue e incentiva futuras pesquisas para compreender melhor a biodiversidade da região. Os cientistas continuam a explorar a diversidade e distribuição de tarântulas na Tailândia, na esperança de encontrar mais espécies desconhecidas e promover esforços de conservação.