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Misterioso raio cósmico vindo de fora da Via Láctea intriga cientistas

Fabio Rocca by Fabio Rocca
27/11/2023
in ESPAÇO
Uma ilustração artística do raio cósmico extremamente energético observado pela Telescope Array Collaboration liderada pela Universidade de Utah (EUA) e pela Universidade de Tóquio. Foi chamada de “partícula Amaterasu”. (Crédito: Universidade Metropolitana de Osaka/L-INSIGHT, Universidade de Kyoto/Ryuunosuke Takeshige)

Uma ilustração artística do raio cósmico extremamente energético observado pela Telescope Array Collaboration liderada pela Universidade de Utah (EUA) e pela Universidade de Tóquio. Foi chamada de “partícula Amaterasu”. (Crédito: Universidade Metropolitana de Osaka/L-INSIGHT, Universidade de Kyoto/Ryuunosuke Takeshige)

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Cientistas em busca de compreender a origem dos misteriosos raios cósmicos detectaram uma partícula subatômica ultra-energética, que acredita-se ter viajado até a Terra de fora da Via Láctea. O estudo, publicado na revista Science, destaca que a energia desta partícula é comparável à sensação de um tijolo caindo no pé de uma altura média.

Este feito notável foi alcançado pelo observatório Telescope Array no deserto de Utah, onde a partícula, apelidada de “Amaterasu” em homenagem à deusa do sol japonesa, foi detectada. Com uma energia estimada em cerca de 244 exa-eletrón-volts, essa partícula se aproxima da energia da famosa “Oh-My-God”, registrada em 1991.

John Matthews, coautor do estudo e pesquisador da Universidade de Utah, explicou a singularidade dos raios cósmicos ultra-energéticos, que diferem significativamente dos raios cósmicos de baixa energia comuns. Segundo ele, enquanto um raio cósmico de baixa energia atravessa a palma da mão a cada segundo, os de alta energia, como a partícula Amaterasu, são extremamente raros, ocorrendo cerca de uma vez por século em cada quilômetro quadrado.

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Glennys Farrar, professora de física na Universidade de Nova York, não envolvida no estudo, destacou que uma partícula ultra-energética carrega milhões de vezes mais energia do que as partículas aceleradas por dispositivos humanos, como o Grande Colisor de Hádrons (LHC). Ela enfatiza a necessidade de condições excepcionais, como campos magnéticos intensos, para a geração de tais partículas.

“O que é necessário é uma região de campos magnéticos muito elevados – como um LHC superdimensionado, mas natural. E as condições exigidas são realmente excepcionais, por isso as fontes são muito, muito raras, e as partículas são dissipadas no vasto universo, então as chances de uma delas atingir a Terra são mínimas”, disse Farrar

detector de raios cosmico
Um dos detectores de raios cósmicos que compõem o Telescope Array, com sede em Utah. (Crédito: Universidade de Utah)

A origem desses raios cósmicos permanece um enigma. Matthews mencionou que os dois raios cósmicos de maior energia já registrados não parecem apontar para fontes de alta energia conhecidas. Especificamente, a partícula Amaterasu parece ter se originado do Vazio Local, uma área vazia no espaço próximo à Via Láctea.

“Se você pegar os dois eventos de energia mais elevada – aquele que acabamos de encontrar, a partícula ‘Oh-Meu-Deus’ – eles nem parecem apontar para nada. Deve ser algo relativamente próximo. Os astrônomos com telescópios visíveis não conseguem ver nada realmente grande e realmente violento”, disse Matthews.

Com a expansão planejada do Telescope Array, que incluirá 500 novos detectores cobrindo uma área quase do tamanho do estado americano de Rhode Island, os cientistas esperam capturar mais desses raros eventos cósmicos e, possivelmente, desvendar os mistérios de suas origens.

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