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Estudo identifica alta concentração de metais na estratosfera ligados a satélites

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Estudo inovador realizado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos trouxe à luz a presença preocupante de altos níveis de elementos químicos metálicos na estratosfera. Utilizando um avião de pesquisa equipado com um funil especial, a equipe coletou partículas aerossóis na segunda camada da atmosfera, que se estende até 50 quilômetros acima da superfície.

A pesquisa, inicialmente focada na identificação de partículas de rochas que queimam ao entrar na atmosfera, revelou uma realidade inesperada: a presença de metais como nióbio, háfnio, alumínio, cobre, lítio, prata, ferro, chumbo, magnésio, titânio, berílio, cromo, níquel e zinco. Estes elementos foram associados à reentrada de satélites artificiais e foguetes na atmosfera terrestre, que, ao retornarem à Terra, produzem vapores metálicos condensando em aerossóis.

Dados alarmantes mostraram que 10% das partículas de ácido sulfúrico na estratosfera com um mínimo de 120 nanômetros de diâmetro continham pelo menos um dos 20 elementos químicos provenientes da reentrada de satélites. A quantidade destes metais excede a contribuição da poeira cósmica, indicando uma influência marcante da atividade humana.

Este achado é especialmente significativo diante do fato de que atualmente existem cerca de 9 mil satélites em órbita terrestre baixa, com previsão de que outros 50 mil sejam lançados até 2030. A consequência desse aumento no tráfego espacial e a subsequente poluição na estratosfera são ainda incertas, mas apontam para uma necessidade urgente de avaliação do impacto ambiental dessas atividades.

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