A Boeing enfrentou um contratempo significativo com sua espaçonave Starliner. Previsto originalmente para decolar em uma missão inaugural tripulada no dia 6 de maio, o lançamento foi adiado para 17 de maio após a identificação de um problema técnico com uma válvula no segundo estágio do foguete Atlas V, gerenciado pela United Launch Alliance (ULA).
O incidente ocorreu na segunda-feira à noite, quando os astronautas veteranos da NASA, Suni Williams e Butch Wilmore, já estavam posicionados dentro da cápsula. A equipe de operações convocou uma limpeza emergencial após a detecção do problema, apenas duas horas antes do horário previsto para o lançamento.
Tory Bruno, CEO da ULA, explicou que a válvula afetada começou a “zumbir”, um fenômeno que envolve a oscilação ou o movimento rápido de abrir e fechar, que, embora seja normal até certo ponto, ultrapassou os limites de segurança estabelecidos para a operação segura da missão. “Algum zumbido é aceitável, mas muito pode causar falha na válvula,” disse Bruno.
Após uma revisão detalhada, a equipe decidiu substituir a válvula reguladora de pressão no tanque de oxigênio líquido do estágio superior. Este procedimento exigirá que o foguete seja revertido da plataforma de lançamento para o Centro de Integração Vertical na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, para uma inspeção mais aprofundada e substituição da peça.
Enquanto isso, os astronautas permanecerão em quarentena nos alojamentos da tripulação no Centro Espacial Kennedy para proteger sua saúde antes do próximo lançamento.
Esta missão, denominada Teste de Voo Tripulado, é crucial para a Boeing, pois marca o último grande marco antes de a NASA considerar a Starliner pronta para operações de rotina, juntando-se à Crew Dragon da SpaceX como uma das cápsulas capazes de transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional.