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Gripe aviária: Canadá detecta mutações no H5N1 que aumentam risco para humanos

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Um adolescente de Vancouver, no Canadá, está em estado crítico após ser infectado por uma variante do vírus H5N1, causador da gripe aviária. O caso acendeu o alerta entre especialistas devido a mutações no genoma do vírus que podem aumentar sua capacidade de infectar células humanas.

Segundo análises genéticas divulgadas na última semana, o vírus apresenta alterações que potencialmente facilitam sua replicação em células humanas e sua entrada no trato respiratório. Embora esses achados sejam preocupantes, especialistas, como o imunologista Scott Hensley, da Universidade da Pensilvânia, afirmam que ainda não há evidências de transmissão entre pessoas. “É um motivo de preocupação, mas não para pânico”, ressaltou.

A origem da infecção ainda é desconhecida. O adolescente não teve contato direto com aves ou animais infectados e não vivia em um ambiente rural. Autoridades de saúde pública do Canadá investigam o caso, mas admitem que a fonte pode nunca ser determinada.

Os cientistas acreditam que as mutações podem ter ocorrido após o vírus infectar o jovem, sugerindo que o H5N1 detectado inicialmente pode não ser amplamente disseminado. Apesar disso, a descoberta reforça a necessidade de monitoramento, já que a gripe aviária tem histórico de surtos pontuais em humanos, geralmente associados ao contato direto com aves doentes.

Desde 1997, cerca de 900 casos de infecção por H5N1 foram registrados globalmente. No Canadá, este é um dos primeiros casos graves envolvendo mutações do vírus. Pesquisadores e autoridades estão intensificando esforços para evitar uma possível pandemia, com vacinas em desenvolvimento e testes apontando eficácia de imunizantes armazenados desde os anos 2000 contra as variantes atuais.

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