O Bitcoin ultrapassou a marca histórica de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 600 mil) na noite de quarta-feira (4), atingindo um novo recorde após o presidente eleito Donald Trump anunciar nomes-chave para sua futura administração. Entre as indicações está Paul Atkins, defensor das criptomoedas, como próximo presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).
O preço do Bitcoin continuou em alta e, na manhã desta quinta-feira (5), ultrapassou os US$ 103 mil. A nomeação de Atkins sinaliza uma abordagem mais amigável à regulação das criptomoedas, em contraste com a postura rigorosa de Gary Gensler, atual presidente da SEC, que deixará o cargo no dia da posse de Trump, em janeiro.
Desde que foi projetada a vitória de Trump em 6 de novembro, o mercado de criptomoedas experimentou uma onda de otimismo. No mesmo dia, o Bitcoin registrou um salto de US$ 6 mil, ultrapassando US$ 74 mil. Em menos de um mês, o ativo acumulou ganhos expressivos, superando a marca de US$ 90 mil antes de atingir o recorde de US$ 100 mil.
Trump, que anteriormente criticava as criptomoedas, mudou sua postura nos meses que antecederam sua reeleição. Ele passou a defender o Bitcoin como parte de sua estratégia para atrair eleitores jovens e promover políticas pró-cripto. Entre suas propostas estão a criação de um “estoque nacional estratégico de Bitcoin” e a retenção de ativos digitais confiscados pelo governo.
A indústria cripto, que doou mais de US$ 131 milhões para candidatos pró-cripto nas eleições legislativas, também celebrou a nomeação de Howard Lutnick, CEO da Cantor Fitzgerald, como parte da equipe de transição de Trump. Além disso, especula-se que a nova administração criará um cargo exclusivo na Casa Branca dedicado às criptomoedas, reforçando a expectativa de uma era mais favorável ao setor nos Estados Unidos.