Gripe aviária: homem morre no Camboja após consumir aves infectadas

Resumo da notícia

• Um homem de 28 anos morreu de gripe aviária no Camboja após consumir galinhas doentes.
• Autoridades investigam a origem do caso e monitoram possíveis novas infecções na comunidade.
• A OMS alerta para falhas na vigilância global do vírus H5N1, que segue causando surtos graves em aves e humanos.

Um homem de 28 anos morreu de gripe aviária (H5N1) no Camboja, após consumir galinhas doentes, informou o Ministério da Saúde do país. A vítima, residente da província de Kampong Cham, testou positivo para o vírus na quinta-feira (9) e faleceu no dia seguinte devido a complicações graves, como febre alta, tosse e dificuldade para respirar.

O Ministério da Saúde está investigando a origem do vírus e buscando possíveis novos casos na comunidade. Autoridades locais pediram à população que redobre os cuidados e evite o contato com aves doentes, alertando que o vírus H5N1 “permanece uma ameaça à saúde pública”.

Preocupação global com o H5N1

Desde o final de 2021, surtos de gripe aviária têm atingido diversas partes do mundo, incluindo Europa, América do Norte e América do Sul. Esses surtos resultaram no abate de dezenas de milhões de aves domésticas e na morte de milhares de aves selvagens.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta em julho sobre as falhas na vigilância global do vírus, destacando que o monitoramento insuficiente em animais e humanos compromete a capacidade de gerenciamento dos riscos da gripe aviária. A OMS recomendou que os países intensifiquem a vigilância e compartilhem dados genéticos e amostras do vírus para conter a propagação.

Histórico de casos no Camboja

O Camboja já registrou outras mortes por H5N1 em 2023, incluindo uma menina de dois anos, enquanto um menino de nove anos morreu no ano passado. O país continua sendo monitorado por autoridades de saúde devido à sua relação direta com a criação de aves e o contato próximo com esses animais, o que aumenta o risco de transmissão do vírus para humanos.

Com a vigilância reforçada, espera-se evitar novos casos e controlar a propagação do H5N1, que surgiu pela primeira vez em 1996 e permanece uma preocupação global.