O Oscar, maior premiação do cinema mundial, já contou com diversas produções brasileiras ao longo de sua história. Em 2025, o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, marcou uma nova era para o cinema nacional ao receber três indicações históricas: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com Fernanda Torres. Esta é a primeira vez que uma produção brasileira disputa o prêmio principal da cerimônia.
Baseado na autobiografia de Marcelo Rubens Paiva, Ainda Estou Aqui narra a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, uma mulher em busca de respostas sobre o desaparecimento do marido durante a ditadura militar brasileira. A atuação de Torres recebeu aclamação mundial pela profundidade e sensibilidade na interpretação.
O marco de Ainda Estou Aqui soma-se a outras conquistas brasileiras no Oscar. Em 1963, O Pagador de Promessas, dirigido por Anselmo Duarte, foi o primeiro filme brasileiro indicado a Melhor Filme Estrangeiro (atual Melhor Filme Internacional). Apesar de não vencer, foi o início da presença nacional na premiação.
Em 1999, Central do Brasil, de Walter Salles, trouxe duas indicações importantes: Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz para Fernanda Montenegro, a primeira latino-americana a disputar a categoria. Embora não tenha levado a estatueta, a obra consolidou o Brasil como um forte concorrente no cenário internacional.
Em 2004, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, fez história com quatro indicações: Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição. O longa, que retrata a realidade de uma comunidade carioca marcada pela violência, impressionou o mundo e colocou o cinema brasileiro no radar das grandes premiações.
Além dos longas de ficção, o Brasil também se destacou com animações e documentários. Em 2016, O Menino e o Mundo, de Alê Abreu, concorreu a Melhor Animação, e em 2020, Democracia em Vertigem, de Petra Costa, foi indicado a Melhor Documentário, destacando-se pelos bastidores do cenário político nacional.
