Um homem caçador-coletor, de aproximadamente 30 anos, pode ter sido o “paciente zero” da grande peste que assolou a Europa em 1300.
Quase metade da população do continente morreu por conta da doença, causada pela bactéria Yersinia pestis. Ondas da peste negra continuou dizimando populações inteiras por séculos.
Os cientistas sequenciaram o DNA dos ossos e dentes de quatro pessoas enterradas há aproximadamente de 5,3 mil anos em um cemitério na Letônia.
Para a surpresa, os pesquisadores identificaram no homem a cepa mais antiga conhecida da doença.
“Ele provavelmente foi mordido por um roedor, pegou a infecção primária de Yersinia pestis e morreu alguns dias de choque séptico”, disse um dos profissionais.
Os cientistas acreditam que essa cepa surgiu há 7 mil anos atrás, causando pequenos surtos.
Com o tempo, a bactéria evoluiu e passou a infectar humanos através da picada de pulgas de roedores ou pelo contato direto com animais infectados.
A peste negra
A peste negra (também conhecida como Grande Peste, Peste ou Praga) foi a pandemia mais devastadora, tendo ceifado a vida de 75 a 200 milhões de pessoas na Eurásia, atingindo o pico na Europa entre os anos de 1347 e 1351.
A doença ainda existe nos dias atuais, apesar de ser raro os casos. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, entre 2000 e 2018 houve entre 1 e 17 casos da doença por ano no país.
Mas com tratamento com antibióticos administrados a tempo, cerca de 90% dos infectados são salvos.
Dentre os sintomas da Peste Bubônica estão febre, calafrios, fraqueza e dificuldade para respirar. Ainda assim, o principal sinal da doença é a formação de nódulos (chamados bubões) pelo corpo.
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