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Astrônomos descobrem dezenas de planetas errantes na Via Láctea

by Fabio Rocca
30/03/2022
in Espaço
Esta concepção artística mostra um exemplo de um planeta nômade com o complexo de nuvens Rho Ophiuchi visível ao fundo. Planetas errantes têm massas comparáveis às dos planetas em nosso Sistema Solar, mas não orbitam uma estrela, em vez disso vagam livremente. (Crédito:
ESO/M. Kornmesser)

Esta concepção artística mostra um exemplo de um planeta nômade com o complexo de nuvens Rho Ophiuchi visível ao fundo. Planetas errantes têm massas comparáveis às dos planetas em nosso Sistema Solar, mas não orbitam uma estrela, em vez disso vagam livremente. (Crédito: ESO/M. Kornmesser)

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Planetas errantes ou nômades, são objetos cósmicos que apresentam massas comparáveis às dos planetas do nosso Sistema Solar mas que não orbitam estrela alguma, vaguando livremente pela galáxia. Até agora não se conheciam muitos objetos deste tipo, mas utilizando dados de vários telescópios do ESO e de outros observatórios, uma equipe de astrônomos acaba de descobrir pelo menos 70 novos planetas errantes na nossa galáxia.

Trata-se do maior grupo deste tipo de planetas já descoberto, o que corresponde a um passo importante para a nossa compreensão das origens e estrutura destes misteriosos nômades galácticos. “Não sabíamos quantos planetas esperar e estamos muito entusiasmados por ter encontrado tantos!”, diz Núria Miret-Roig, astrônoma no Laboratoire d’Astrophysique de Bordeaux, França, e na Universidade de Viena, Áustria, e primeira autora do novo estudo publicado hoje na Nature Astronomy.

Planetas nômades, que se deslocam longe de qualquer estrela que os ilumine, seriam normalmente impossíveis de observar. No entanto, Miret-Roig e a sua equipe tiraram proveito do fato de que, alguns milhões de anos após a sua formação, estes planetas estarem ainda suficientemente quentes para brilharem, o que os torna diretamente detectáveis pelas câmaras sensíveis dos grandes telescópios. A equipe descobriu pelo menos 70 novos planetas errantes com massas comparáveis à de Júpiter numa região de formação estelar próxima do nosso Sol, na direção das constelações do Escorpião e de Ofiúco.

Para encontrar tantos planetas nômades, a equipe utilizou dados de um número de telescópios colocados tanto no solo como no espaço, que cobrem um intervalo temporal de 20 anos. “Medimos os movimentos minúsculos, as cores e as luminosidades de dezenas de milhões de fontes numa enorme área do céu”, explica Miret-Roig. “Essas medições nos permitiram identificar de forma segura os objetos mais tênues desta região, os planetas livres.”

A equipe usou observações do Very Large Telescope (VLT), do Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy (VISTA), do VLT Survey Telescope (VST) e do telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, todos do ESO e localizados no Chile, junto com outras instalações. “A maioria dos nossos dados vêm dos observatórios do ESO, os quais foram absolutamente cruciais para este estudo. O amplo campo de visão e sensibilidade única destes telescópios foram decisivos para o nosso sucesso”, explica Hervé Bouy, astrônomo no Laboratoire d’Astrophysique de Bordeaux, França, e líder do projeto da nova pesquisa. “Usamos dezenas de milhares de imagens de grande angular das instalações do ESO, que correspondem a centenas de horas de observações e a literalmente dezenas de terabytes de dados”.

A equipe usou também dados do satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia, marcando assim o enorme sucesso de colaboração entre telescópios no solo e no espaço na exploração e compreensão do nosso Universo. O estudo sugere que poderão existir muito mais desses planetas errantes que ainda não descobrimos. “Pode haver vários bilhões desses planetas gigantes que vagueiam livremente pela Via Láctea sem estrela hospedeira”, explica Bouy.

O estudo destes planetas livres recentemente descobertos poderá dar aos astrônomos pistas de como esses objetos misteriosos se formam. Alguns cientistas acreditam que os planetas nômades se formam a partir do colapso de uma nuvem de gás que é muito pequena para levar à formação de uma estrela, ou então que estes planetas podem ter sido ejetados do seu sistema original. No entanto, qual mecanismo é mais provável permanece desconhecido.

Outros avanços na tecnologia serão a chave para desvendar o mistério desses planetas nômades. A equipe espera continuar a estudá-los com mais detalhe com o futuro Extremely Large Telescope (ELT) do ESO, atualmente em construção no deserto chileno do Atacama e que deverá começar a operar mais para o final desta década. “Esses objetos são extremamente tênues e pouco pode ser feito para estudá-los com as instalações atuais”, explica Bouy. “O ELT será absolutamente crucial para reunir mais informações sobre a maioria dos planetas errantes que já descobrimos.”

Fonte: ESO

Tags: espaçonasavia lactea
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