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James Webb capta detalhes inéditos de galáxias espirais a milhões de anos-luz

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Um conjunto de novas imagens divulgadas recentemente pelo Telescópio Espacial James Webb está mudando a forma como entendemos o universo. Capturando 19 galáxias espirais que estão “relativamente próximas” da Via Láctea, essas fotografias oferecem uma visão sem precedentes sobre a formação estelar, além da estrutura e evolução das galáxias.

A equipe de cientistas do projeto Física em Alta Resolução Angular em Galáxias Próximas (Phangs) foi responsável pela divulgação dessas imagens na última segunda-feira. Esse projeto opera em diversos observatórios astronômicos de renome e tem contribuído significativamente para o avanço da nossa compreensão sobre o espaço.

Foto: NASA, ESA, CSA, STScI, Janice Lee (STScI), Thomas Williams (Oxford), Equipe PHANGS, Elizabeth Wheatley (STScI)

Entre as galáxias observadas, a NGC5068, localizada a cerca de 15 milhões de anos-luz da Terra, é a mais próxima, enquanto a NGC1365, a aproximadamente 60 milhões de anos-luz, é a mais distante. Para colocar em perspectiva, um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, equivalente a 9,5 trilhões de quilômetros.

Lançado em 2021, o Telescópio Espacial James Webb iniciou a coleta de dados em 2022, renovando a compreensão dos primórdios do universo e tirando fotografias espetaculares do cosmos. Diferente de seu predecessor, o Telescópio Espacial Hubble, que examinava o universo principalmente em comprimentos de onda ópticos e ultravioletas, o Webb foca em observações por infravermelho.

As galáxias espirais, que lembram grandes cata-ventos, constituem um tipo comum de galáxia no universo, sendo a nossa própria Via Láctea um exemplo. As observações realizadas com a Câmera Quase-Infravermelha (NIRCam) e pelo Instrumento de Infravermelhos Médios (Miri) do Webb revelaram cerca de 100 mil bolsões de formação estelar, além de milhões ou talvez bilhões de estrelas individuais.

Essas observações são de vital importância para a ciência, conforme explicado pelo astrônomo Thomas Williams, da Universidade de Oxford. Ele destaca que os dados fornecem uma nova perspectiva sobre a fase inicial da formação estelar, uma etapa crucial mas ainda pouco compreendida na vida das estrelas. “Esses dados são importantes porque eles nos dão uma nova visão da fase inicial da formação estelar.

Adicionalmente, as imagens permitem aos cientistas distinguir pela primeira vez a estrutura das nuvens de poeira e gás em detalhes impressionantes. Estas são essenciais para a formação de estrelas e planetas, não apenas na Via Láctea, mas também em galáxias muito além.

Janice Lee, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial em Baltimore e principal investigadora dos novos dados, ressalta que as imagens não apenas capturam a beleza do universo, mas também contam uma história sobre o ciclo de formação estelar. “As imagens não são apenas esteticamente espantosas, elas também contam uma história sobre o ciclo de formação e feedback da estrela, que são a energia e o impulso libertados por jovens estrelas ao espaço entre estrelas”.

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